Profissionais extremamente capazes, mas que não sentem que são bons o suficiente para liderar um projeto ou serem promovidos. Você já viu casos assim? Provavelmente, eles estavam sofrendo da síndrome do impostor, um problema comum principalmente no meio corporativo.

Neste texto, queremos compartilhar com você algumas informações sobre essa condição psicológica, mostrando como ela pode ser identificada em talentos da sua empresa. Também vamos mostrar como o RH pode ajudar as pessoas a combaterem esse sentimento.

Continue a leitura e confira nossas dicas!

O que é a síndrome do impostor?

De acordo com as psicólogas Pauline Clance e Suzanne Imes, que estudaram o conceito em 1970, a síndrome do impostor se apresenta em pessoas bem-sucedidas, inteligentes e competentes que passam a duvidar de sua própria capacidade. Elas acham que tudo aconteceu por mera sorte e que estão enganando aqueles que acreditam e elogiam seu trabalho.

O sentimento de pensar ser um impostor frente à família, amigos e colegas de trabalho pode ser extremamente debilitante, gerando ansiedade e até mesmo depressão. Profissionais com a síndrome podem evitar assumir novos desafios, adiar entregas de tarefas por medo de estarem ruins, entre outros comportamentos.

Alguns indícios de que uma pessoa está sofrendo da síndrome do impostor são:

  • rejeita elogios;
  • atribui o sucesso à sorte ou a outros fatores;
  • não consegue descrever suas próprias qualidades;
  • evita estar à frente de projetos;
  • procrastina trabalhos por excesso de perfeccionismo;
  • não consegue concluir projetos iniciados;
  • mostra sinais de baixo autoestima.

Como o RH pode ajudar os colaboradores?

O RH tem um papel fundamental na melhora do bem-estar físico e psicológico dos colaboradores. Uma das formas de ajudá-los a viver com mais qualidade é ajudando na identificação e tratamento da síndrome do impostor.

Primeiro, é importante observar o comportamento dos profissionais para conseguir encontrar aqueles que podem estar sofrendo com o problema. Na maioria das vezes, as pessoas ficam em silêncio sobre o que sentem, justamente por medo de “serem descobertas” como uma fraude. O RH precisa conscientizar líderes e gestores sobre a necessidade de acompanhar de perto os talentos para identificar esse tipo de situação.

Outro passo é incentivar uma comunicação aberta com esses colaboradores, deixando-os à vontade para compartilhar seus sentimentos. Também é fundamental oferecer ajuda psicológica ou motivá-los a buscar especialistas.

Existem algumas práticas na empresa que podem acabar fomentando a síndrome do impostor. Uma delas é a falta de reconhecimento por parte dos líderes e a falta de feedback. Esses dois recursos de comunicação são muito importantes para ajudar as pessoas a entenderem pontos positivos em suas ações e se sentirem motivadas a continuar o trabalho.

Profissionais que se sentem uma fraude precisam ser acompanhados de perto por gestores empáticos e motivadores. Dessa forma, eles terão suas qualidades reafirmadas constantemente, melhorando a autoestima.

Pessoas confiantes e com autoconhecimento se tornam mais produtivas e engajadas com o trabalho na empresa. Além disso, elas são mais saudáveis psicologicamente, afastando quadros como estresse, depressão e ansiedade. Por isso, é fundamental tratar a síndrome do impostor no ambiente de trabalho.

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